Meu corpo que cai, por Amanda Gomes

Aos onze escrevi um manifesto 

Uma reivindicação de nascimento 

Escrita inteiramente por mim 

Carne, osso e hipnóticos. 

 

Perdi-me existencialmente anos depois 

Entreguei-me ao caos e sabor amargo da Grande Falta 

Transitando entre espectros 

Despi o que me constitui. 

 

Carrego o peso de Quatro finitudes e mais de dez mil dias 

Vivendo intensamente sob mórbidas circunstâncias 

Uma ode à minha falsa libertação 

 

Observo-me e me fumo o valor de três cigarros, 

Chamo o Nome do Pai e a solidão me atormenta 

Meu lar é sangue que derramo após a meia-noite 

 

Levo o tempo e a paciência de quem me cerca 

Amo como quem sente fome de prazer 

Sempre imersa em minha solitude. 

 

Por fim, 

Sinto muito aos que não se deliciam ao som de Blues 

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